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O último levantamento do Ministério da Saúde trouxe um alerta aos mineiros em relação a dengue. Os números aumentaram em quase seis vezes nos últimos 10 dias, subindo de 152 por 100 mil habitantes para 836.
O Ministério da Saúde também atualizou o número de casos e mortes pela doença no estado. O boletim já aponta 16 mortes por dengue neste ano, além de 100 mortes suspeitas para a doença em investigação. Minas Gerias é atualmente o segundo estado com mais mortes, atrás apenas do Distrito Federal, que já contabiliza 20 óbitos causados pela dengue.
Ao mesmo tempo, o número de casos de Covid-19 cresceu 53% em Belo Horizonte, entre os dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro, de acordo com os últimos dois boletins epidemiológicos divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde. O número de infectados saltou de 378 pessoas para 580, em apenas uma semana. Ainda de acordo com o levantamento, até o dia 8 de fevereiro, havia um total de 194 óbitos.
Com a epidemia de dengue e o fantasma da covid ainda presente, muitos mineiros ficam sem saber identificar os sintomas de cada uma das doenças, acabam se confundindo e até mesmo tratando de forma incorreta.
A diferença entre as duas já começa na forma de transmissão: ambas são causadas por vírus, mas a transmissão ocorre de maneira diferente. A dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, enquanto a Covid-19 é transmitida por gotículas de secreções respiratórias de uma pessoa infectada.
Os sintomas comuns da dengue incluem febre alta, dores musculares e articulares intensas, dor de cabeça, erupção cutânea e dor atrás dos olhos. Pacientes com dengue podem apresentar ainda náuseas, vômitos e sangramento leve. Já em relação a covid, é comum o paciente ter febre, tosse seca, falta de ar, fadiga, perda de olfato e paladar, dor de garganta, dor no corpo e dor de cabeça. E em casos mais graves, pode haver pneumonia e dificuldade respiratória grave.
Ambas doenças podem levar à morte. As possíveis complicações graves da dengue incluem a “dengue grave”, caracterizada por sangramento grave, insuficiência de órgãos e choque circulatório, podendo levar à morte. Em relação as complicações da covid, elas podem incluir pneumonia grave, síndrome respiratória aguda grave (SRAG), coagulação intravascular disseminada (CID), falência de órgãos e morte.
A vacinação em ambos os casos é essencial. Ela é primordial para acabar com os casos de dengue e de covid. No caso da dengue, a vacina auxilia na prevenção da doença e reduz a transmissão, protegendo também os grupos de risco. E no contexto da covid, a vacinação é essencial para controlar a propagação do vírus, proteger os grupos vulneráveis e reduzir a morbidade e a mortalidade associadas à doença.
Aratti Simões, Clínico Geral