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Obesidade atinge mais de 6 milhões de brasileiros

Com os índices de obesidade crescendo, o sedentarismo e seus impactos a longo prazo emergem uma preocupação significativa para a sociedade

Domingo, dia 10 de março, é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo. Dados recentes mostram o quanto o sedentarismo e seus impactos a longo prazo refletem na saúde da população. De acordo com um levantamento global publicado no periódico The Lancet, o número de pessoas que vivem com obesidade ultrapassa 1 bilhão. Ainda de acordo com a pesquisa, no período de 1990 a 2022, as taxas de obesidade quadruplicaram entre crianças e adolescentes. Entre os adultos, as taxas saltaram de 8,8% para 18,5% em mulheres e quase triplicaram nos homens, passando de 4,8% para 14%.

O sedentarismo contribui para o aumento da obesidade, uma vez que leva a um desequilíbrio entre a ingestão calórica e o gasto calórico. Quando o corpo não queima calorias suficientes através da atividade física, o excesso de calorias pode ser armazenado como gordura, levando ao ganho de peso e consequentemente à obesidade.

A prática de atividades físicas auxilia na prevenção e no controle de doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e câncer, bem como na redução dos sintomas de depressão e ansiedade, além de reduzir o declínio cognitivo, melhorar a memória e exercitar a saúde do cérebro.

Dentre os benefícios proporcionados pela prática de exercícios físicos, as vantagens para cada faixa etária são diferentes. Para as crianças e adolescentes a atividade física auxilia na melhora a aptidão física, saúde cardiometabólica, óssea, cognitiva e mental, além de reduzir a adiposidade. Em adultos, ela reduz a mortalidade por diversas causas, doenças cardiovasculares, hipertensão, certos tipos de câncer e diabetes tipo 2, além da melhora da saúde mental, cognitiva e do sono. Já para os idosos, a atividade física proporciona benefícios semelhantes aos adultos e ajuda a prevenir quedas e declínio da saúde óssea e sua funcionalidade.

Em relação aos malefícios, crianças e adolescentes sedentários são os que possuem maior probabilidade de desenvolver obesidade e problemas de saúde associados, enquanto adultos sedentários enfrentam um risco aumentado de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. Vale ressaltar que os idosos sedentários correm maior risco de quedas, perda de massa muscular e possuem uma mobilidade reduzida.

As recomendações de atividade física para aqueles que desejam lutar contra o sedentarismo ou preveni-lo incluem atividades aeróbicas, associadas a exercícios de força, alongamentos e treinamento neuromuscular. Estas recomendações são adequadas para todas as pessoas, inclusive aquelas em tratamentos oncológicos e em pré-habilitação cirúrgica.

Lorenza Arruda, Nutróloga