Central de Atendimento
Pessoas que passam mais de três horas na frente de telas de aparelhos eletrônicos consomem aproximadamente 32% a mais de alimentos processados, o que aumenta significativamente as chances de um diagnóstico de diabetes. Isso porque um dos principais fatores de risco para a doença é a má-alimentação. Os dados, da Faculdade de Medicina da UFMG, tiveram como base informações da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, onde 88 mil brasileiros foram entrevistados e, entre eles, mais de 55% possuíam alguma doença crônica não transmissível e quase 6% classificaram sua saúde como ruim ou muito ruim.
Diferentemente de outras pesquisas que alertam sobre os perigos da tecnologia em excesso à saúde das crianças e adolescentes, o estudo demonstrou, ainda, que os adultos também estão exagerando e, inclusive, influenciando os mais novos a permanecerem por longos períodos em frente às telas. Por isso, os pesquisadores explicam que os brasileiros devem se reeducar, buscando diminuir o uso de aparelhos digitais, substituindo essa prática por atividades físicas ao ar livre.
Causada pela má absorção ou falta de produção da insulina, a diabetes afeta atualmente cerca de 16 milhões de brasileiros, e coloca o país em primeiro lugar na lista de maiores índices da doença na América Latina. Outro dado alarmante sobre a enfermidade vem de um estudo realizado pelo EndoDebate, em parceria com a Revista Saúde: 80% dos pacientes com diagnóstico de diabetes tipo 2 apresentam algum tipo de problema cardiovascular. Ela [diabetes], inclusive, é um dos mais importantes fatores de risco para doenças cardiovasculares, pois o paciente passa a ter uma lesão endotelial na parte interna do vaso sanguíneo, o que aumenta o risco de doenças coronarianas, que podem atingir, inclusive o cérebro.
Por isso, os métodos de prevenção de doenças cardiovasculares e da diabetes, são similares em muitos pontos. Quando você trata o diabetes, os riscos de problemas cardíacos são bem menores, então é importante controlá-la por meio de atividades físicas regulares, controle dietético e reeducação alimentar. O tratamento pode envolver ainda medicações e uso de insulina.
Rodrigo Lanna, cardiologista