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OMS estima que mais de 1 bilhão de pessoas possuem hipertensão arterial

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que aproximadamente 1,3 bilhão de indivíduos em todo o mundo sejam afetados pela hipertensão arterial, popularmente conhecida como “pressão alta”. No estado de Minas Gerais, a incidência da doença é alarmante, com seis em cada dez residentes diagnosticados com o problema experimentando níveis de pressão fora dos limites saudáveis. De acordo com informações do programa governamental Previne Brasil, apenas 35% dos indivíduos com hipertensão no estado fizeram a medição da pressão arterial nos últimos seis meses, um passo crucial para garantir o acompanhamento médico adequado.

A hipertensão arterial é uma doença crônica, caracterizada pela elevação persistente da pressão arterial, com níveis iguais ou superiores a 140/90 mmHg. A hipertensão é uma condição multifatorial influenciada por fatores genéticos, sociais e ambientais. O diagnóstico pode ser feito através da medição da pressão por meio de exames como o MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial).

Em relação aos níveis considerados saudáveis, eles variam dependendo do período do dia em que a pessoa se encontra. Nos adultos, durante a vigília (período que a pessoa está acordada), o normal é estar abaixo de 135 por 85 e, durante o sono, abaixo de 120 por 70. A média da pressão arterial durante as 24 horas deve estar abaixo de 130 por 80 milímetros de mercúrio  (mmHg)

Vale destacar ainda que a média é sempre mais importante do que a medida isolada, uma vez que a medida isolada possui muita margem de erro de acordo com os fatores que a influenciam ao longo do dia.

Sintomas e Tratamento

No que diz respeito aos sintomas da enfermidade, a hipertensão frequentemente é assintomática até causar danos em órgãos-alvo, como cérebro, coração e rins. A condição em alguns casos pode evoluir para diversas condições graves, incluindo doenças coronarianas, insuficiência cardíaca, doença renal e demência, sendo uma das principais causas de mortalidade cardiovascular.

O tratamento para a doença, pode ser não farmacológico (por meio de mudanças na dieta alimentar e pratica de exercícios físicos) ou farmacológico, que evoluiu consideravelmente nas últimas décadas, com uma variedade de opções terapêuticas mais seguras e eficazes.

Antigamente, os medicamentos eram mais tóxicos e menos eficazes, mas, atualmente, há uma gama maior de opções disponíveis, tornando o tratamento mais eficaz e acessível a todos.

Importância da prevenção

Além da genética, a idade avançada, obesidade, consumo excessivo de sódio, deficiência de potássio, sedentarismo e apneia obstrutiva do sono são fatores de risco significativos para a condição.

A prevenção por meio da redução do consumo de sódio, aumento do consumo de potássio, prática regular de exercícios aeróbicos, moderação no consumo de álcool e tratamento da obesidade são medidas preventivas fundamentais para evitar a hipertensão arterial.

Eularino Teixeira, Cardiologista