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Intoxicação alimentar mata 420 mil pessoas por ano, segundo OMS

Neste Dia Mundial da Alimentação, um importante alerta: Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 600 milhões de pessoas em todo o mundo adoecem por conta de intoxicação alimentar e 420 mil morrem por essa causa, anualmente.

Essas ocorrências podem ser mais frequentes no calor. Isso porque nas altas temperaturas, a proliferação de bactérias e vírus nocivos é favorecida, e a conservação de alimentos, comprometida. Em geral, os microorganismos mais envolvidos com as intoxicações alimentares são bactérias como a Salmonella, a Shigella, a Escherichia coli e Staphilococus. Alguns vírus como o Rotavírus e os fungos, além dos componentes tóxicos encontrados em certos vegetais (como a planta “comigo-ninguém-pode” e mandioca brava) podem também ser causadores destas afecções.

Para identificar uma intoxicação alimentar, basta, além de uma consulta médica, em casos mais urgentes, analisar alguns sintomas comuns à essa condição, como mal-estar, febre, urticária, vômitos e diarreia. A intensidade desses sinais pode até mesmo se complicar, causando um quadro de desidratação. Caso haja piora dos indícios, pode ser necessária internação e medicação intravenosa. Mas já nos primeiros sintomas, o que de imediato deve ser feito é a hidratação oral.

Vale lembrar, também, que uma contaminação alimentar pode não apenas causar problemas a curto prazo, mas doenças graves a longo prazo, como falhas renais, doenças hepáticas e desordens neuronais, algo que é felizmente mais incomum.

Prevenção

Para se prevenir de uma intoxicação causada por alimentos, é de extrema importância saber a procedência do que comemos, apesar de, na prática, isso ser difícil no cotidiano de boa parte dos brasileiros. É essencial também lavar bem as mãos antes de manusear os alimentos, limpar bem os utensílios que serão usados para preparar e acondicionar as refeições, evitar deixar os alimentos expostos à temperatura ambiente por mais de duas horas e ter muita atenção à data de validade dos produtos.

Caso você se alimente fora de casa, não deixe de observar o aspecto da higiene do local, evitar o consumo de carnes mal passadas, bem como a ingestão de alimentos feitos com muita antecedência, além dos alimentos em conserva e molhos caseiros. Dê preferência sempre, também, aos preparos cozidos.

Juliano Antunes – gastroenterologista e clínico, especialista em terapia nutricional