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Umidade do ar em MG ficará abaixo do recomendado pela OMS

De acordo com o último  levantamento feito pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), 101 municípios de Minas Gerais estão com índices de umidade relativa do ar entre 20% e 30%. Esses níveis são preocupantes, pois estão bem abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera saudável um percentual acima de 50%.

As cidades afetadas pelo alerta estão nas regiões Metropolitana de Belo Horizonte, Central, Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Oeste de Minas, Sul, Sudoeste, Noroeste e Norte de Minas, Zona da Mata, Vale do Jequitinhonha e Campo das Vertentes. Em Belo Horizonte, que também está incluída no alerta, a Defesa Civil emitiu um comunicado informando sobre a presença de uma massa de ar seco que deve reduzir a umidade relativa do ar para cerca de 30%.

O clínico geral do Hospital Semper, Aratti Simões, explica que o tempo seco pode causar diversos efeitos na saúde, como irritação das vias respiratórias, ressecamento da pele e mucosas, agravamento de doenças respiratórias, aumento de alergias, dor de cabeça e sensação de cansaço. Ele também alerta que o ar seco facilita a disseminação de vírus e bactérias, elevando o risco de infecções respiratórias.
Segundo o médico, dentre os grupos mais vulneráveis a terem problemas de saúde devido à baixa umidade do ar estão crianças, idosos, pessoas com doenças respiratórias crônicas, como asma e bronquite, e indivíduos com alergias. “Esses grupos tendem a ter sistemas respiratórios mais sensíveis ou imunidades mais baixas, o que os torna mais suscetíveis aos efeitos negativos do ar seco”, afirma.

Aratti esclarece ainda que o tempo seco pode piorar os sintomas de doenças respiratórias preexistentes. “Em casos de asma e bronquite, a falta de umidade no ar pode irritar as vias aéreas, causando inflamação e dificultando a respiração. Isso pode levar a crises de asma mais frequentes e episódios de bronquite mais intensos, exigindo um controle mais rigoroso das condições de saúde desses pacientes”, destaca.

O clínico do Hospital Semper ressalta que a hidratação é crucial para combater os efeitos do tempo seco, pois ajuda a manter as mucosas das vias respiratórias úmidas e funcionais, além de prevenir o ressecamento da pele. “Em condições de tempo seco, recomenda-se ingerir pelo menos 2 litros de água por dia, mas essa quantidade pode variar dependendo do nível de atividade física e das necessidades individuais. Ouvir o próprio corpo e aumentar a ingestão de água conforme necessário é fundamental”, enfatiza.
Dicas para minimizar os efeitos do tempo seco:

O médico conclui dizendo que é necessário tomar alguns cuidados extras com a saúde durante essa época do ano. Dentre eles, ele destaca a importância de:

• Manter-se bem hidratado, bebendo bastante água ao longo do dia;
• Usar umidificadores de ar em ambientes fechados;
• Evitar a exposição prolongada a ambientes secos e poluídos;
• Aplicar soro fisiológico nas narinas para manter as vias respiratórias úmidas;
• Manter a casa limpa e livre de poeira, pois esta pode agravar problemas respiratórios;
• Usar protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados, para proteger a pele dos danos causados pelos raios UV;
• Evitar atividades físicas intensas durante os períodos mais secos do dia;
• Hidratar a pele regularmente com cremes e loções adequados ao seu tipo de pele;
• Evitar banhos muito quentes e demorados, pois podem ressecar ainda mais a pele;

Dr. Aratti Simões, Clínico Geral.