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Dados do Ministério da Saúde mostram que cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem de osteoporose, doença silenciosa caracterizada pela redução na densidade e qualidade óssea, com alteração da microarquitetura tecidual, o que deixa o osso mais fraco e favorece as fraturas. Apesar de muito conhecida por afetar a população mais velha, a enfermidade também é capaz de acometer jovens. Portanto a prevenção pode começar desde cedo. Há quem diga, inclusive, que a osteoporose é a ‘epidemia do século 21’, já que o perfil demográfico mundial sofreu com modificações atreladas ao envelhecimento da população e a queda das taxas de natalidade.
Por possuir evolução sem qualquer tipo de sintomas, a osteoporose deve ser acompanhada de perto por médicos especialistas, já que os riscos de fraturas repentinas se tornam cada vez maiores com o avanço da doença.
Para o diagnóstico, além da constatação de algum tipo de fratura, outros métodos são eficazes, como análise da história clínica do paciente e presença de doenças concomitantes. O exame radiográfico, por sua vez, não é a maneira ideal de reconhecer a enfermidade, pois fraturas visíveis por radiografias ocorrem em uma fase mais tardia e com a doença já avançada.
O tratamento da osteoporose, por sua vez, consiste basicamente na prevenção de fraturas, a partir da ingestão de cálcio e vitamina D, medidas que além de tratar, podem também auxiliar na prevenção. Devemos, sobretudo, dar ênfase à fase de formação máxima de massa óssea, que ocorre entre os 20 e os 30 anos de idade. Então, o trabalho de prevenção será realizado entre as crianças e os adolescentes e, também, com os adultos jovens, chamando a atenção para a necessidade de nutrição adequada, prática constante de exercícios físicos e adequada ingestão de cálcio e de vitamina D.
Pietro Burgarelli, ortopedista