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Dietas restritivas são vilãs no chamado “projeto verão”

Com a chegada do verão, viagens à praia, os planos de muitas pessoas passam pela busca pelo emagrecimento rápido, o que muitos chamam de “projeto verão”. O grande problema é: até que ponto as pessoas podem ir em busca da realização pessoal do projeto que estabeleceram sem nenhum auxílio profissional?

O primeiro passo, em geral, para uma mudança de vida saudável é a reeducação alimentar, aliada a atividades físicas. Entretanto, por não entender do que se trata essa reeducação, algumas pessoas acabam se deixando levar pelo que veem na internet, por exemplo. Dessa forma, são atraídas para dietas nada saudáveis que prometem resultados enganosos. As dietas restritivas envolvem restrição calórica e, na maioria das vezes, por mais que resultados rápidos possam ser alcançados devido a esse tipo de estratégia, um estilo de vida sustentável construído a partir de um processo gradual não é adotado.

Além do estilo de vida desejado ser ameaçado por conta desse tipo de comportamento, tais dietas podem acarretar outros males, que por muitas vezes são ignorados. Essas dietas restritivas podem causar mudanças de humor, ansiedade, perda de autoestima, distração, sentimento de culpa, falta de disposição, além de transtornos alimentares e distorção de imagem. Outra consequência muito comum, é o efeito rebote, que é o rápido reganho de peso após períodos alimentares privativos. Prefiro não utilizar expressões como “projeto verão”, já que, para alcançar resultados satisfatórios, o processo deve ser a longo prazo e o planejamento feito independente da estação do ano.

Deve-se atentar então para os principais passos necessários para essa mudança de hábitos de saúde.

As atitudes não devem ser tomadas todas em excesso e repentinas, mas sim planejadas e acompanhadas por um profissional adequado. Alguns dos passos indicados são: priorizar alimentos in natura (como frutas, verduras, legumes, ovos e carnes) ou minimamente processados​ (como leite, farinha, frutas secas, castanhas), utilizar óleo, sal e açúcar com moderação ao preparar ou temperar refeições, limitar o consumo de alimentos processados (como conservas de legumes, compota de frutas, pães e queijos que alteram de modo desfavorável a composição nutricional dos alimentos), além de evitar o consumo de alimentos ultraprocessados (como biscoitos recheados, salgadinhos, refrigerantes, macarrão instantâneo). Esses tipos de alimentos são nutricionalmente desbalanceados.

É importante comer com regularidade e atenção, evitando distrações como celular e televisão no momento da refeição. Por último, mas não menos importante, deve-se beber bastante água e procurar auxílio de um profissional nutricionista para planejar uma dieta saudável e sem restrições.

Bárbara Mussolini – Nutricionista