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Dados da OMS revelam que 4,7% dos brasileiros sofrem de compulsão alimentar

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 4,7% dos brasileiros sofrem de compulsão alimentar, quase o dobro da média global, que é de 2,6%. Esse distúrbio é caracterizado pela ingestão excessiva de alimentos em um curto período, sem que haja fome ou necessidade física evidente.

A gastrite nervosa, associada ao estresse e ansiedade, pode aumentar o risco de compulsão alimentar. Pessoas com esse transtorno recorrem à comida para lidar com emoções negativas, o que agrava os sintomas da gastrite nervosa, uma doença crônica relacionada ao estresse emocional, caracterizada por sintomas como dor abdominal e plenitude pós-prandial (sensação de saciedade prolongada após as refeições).

A gastrite nervosa, também chamada de “dispepsia funcional” pelos médicos, é algo bastante comum nos dias de hoje, especialmente devido ao estilo de vida agitado que muitas pessoas levam. Embora não sejam causas diretas, a ansiedade e o estresse emocionais resultantes da correria diária podem piorar esses sintomas abdominais já que existe uma conexão próxima entre o intestino e o sistema nervoso, conhecida como eixo intestino-cérebro, onde o estresse emocional pode desencadear ou intensificar sintomas intestinais como dor e desconforto.

O diagnóstico da doença, geralmente começa com uma conversa detalhada com o paciente para entender os padrões de sintomas apresentados.

Às vezes, é necessário realizar uma investigação inicial que pode incluir exames de sangue ou até mesmo uma endoscopia. É importante destacar que a endoscopia não confirma o diagnóstico de dispepsia, por isso não é sempre indicada para todos os pacientes. No entanto, ela deve ser considerada em casos graves ou com sinais de alerta, como perda de peso, sangramento, histórico familiar de câncer, para descartar outras condições como úlceras, refluxo gastroesofágico, lesões agudas ou câncer.

O tratamento da gastrite nervosa inclui controle dos sintomas, mudanças no estilo de vida e manejo da ansiedade. Em pacientes que persistem com sintomas mesmo após a medicação inicial, podemos associar medicação para neuromodulação e controle dos distúrbios de ansiedade, como os antidepressivos em dose baixa. Em algumas situações, encaminhamos os pacientes para terapias alternativas como psicoterapia ou acupuntura, que têm mostrado boa resposta em determinados casos.

Ter uma alimentação saudável, rica em fibras e nutrientes, e realizar mastigação adequada, além de praticar atividade física regularmente, são fundamentais para a prevenção.

“Quero Mais Vida”

Em um mundo cada vez mais acelerado e exigente, a busca pelo bem- estar se torna cada vez mais necessária. Pensando nisso, o Grupo Mira, responsável pelo Hospital Semper e pela Cetus Oncologia, lança em julho a campanha “Quero mais vida”, que nos convida à reflexão: como temos aproveitado nossos dias em prol da qualidade de vida e do bem-estar do nosso corpo?

No site do Grupo Mira, com a ajuda do teste Roda da Vida, as pessoas podem avaliar os principais pontos de suas vidas e descobrir quais áreas precisam de melhorias. No final do teste, cada um receberá um relatório personalizado com dicas práticas sobre como otimizar o desempenho nas áreas que pedem mais atenção. Para mais informações basta acessar o site: https://mira.bhz.br/quero-mais-vida/

Bárbara Mascarenhas, Médica Endoscopista