Central de Atendimento


A cada 15 minutos, uma pessoa é infectada pelo vírus HIV no Brasil

O Dezembro Vermelho, campanha de conscientização e combate ao HIV/AIDS, destaca números alarmantes: a cada 15 minutos, uma pessoa se infecta pelo vírus no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde e do UNAIDS. Ainda segundo o levantamento, em 2023, foram registrados 10.338 óbitos relacionados à AIDS e 38 mil novos casos da síndrome. 

Essa campanha é crucial para lembrar a sociedade e estimular o poder público a tratar a questão com a seriedade necessária. Apesar dos avanços, o HIV/AIDS ainda apresenta uma mortalidade significativa, embora tenha sido ainda mais letal no passa.

Dentre as estratégias de prevenção, atualmente é adotada uma prevenção combinada, que envolve diversas abordagens eficazes. Entre elas, destaca-se o uso de preservativos, tanto externos (masculinos) quanto internos (femininos), a testagem frequente, que é essencial para identificar precocemente infecções, especialmente em pessoas com exposições sexuais de risco, a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que deve ser iniciada em até 72 horas após a exposição ao HIV, e a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), um medicamento altamente eficaz, indicado para pessoas com maior vulnerabilidade ou que se expõem frequentemente a situações de risco.

O tratamento adequado de pessoas vivendo com HIV também é uma forma de prevenção da doença. Quando o tratamento é realizado corretamente, o vírus se torna indetectável e, consequentemente, intransmissível. Assim, o tratamento beneficia não apenas a pessoa infectada, mas também a comunidade, prevenindo novas infecções.

O diagnóstico precoce impacta diretamente na qualidade de vida do paciente. Uma pessoa que inicia o tratamento antes que sua imunidade seja gravemente comprometida tende a apresentar menos complicações de saúde a médio e longo prazo.

É essencial investir em campanhas de educação sexual, voltadas não apenas aos jovens nas escolas, mas também à população em geral, abordando o uso de preservativos, a testagem regular e o acesso às profilaxias (PrEP e PEP). Embora o tratamento seja bem estruturado, é importante reforçar as estratégias de prevenção, ampliar a testagem e garantir que a informação chegue de forma acessível e eficaz a todos.

Leandro Curi, infectologista