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Os efeitos colaterais da Ozempic: riscos para diabéticos e o perigo do uso sem orientação médica

Nesta quinta-feira, dia 14 de novembro, é comemorado o Dia Mundial do Diabetes, que busca conscientizar sobre a crescente prevalência da doença, que afeta mais de 500 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF). No Brasil, os números preocupam e reforçam a necessidade de ações preventivas e de educação em saúde.

Um dos medicamentos utilizados por diabéticos, o Ozempic tem sido amplamente utilizado para fins de perda de peso, mesmo por pessoas que não possuem diabetes. No entanto, seu uso indiscriminado levanta preocupações devido aos potenciais efeitos colaterais e riscos à saúde, especialmente quando feito sem supervisão médica.

O uso de Ozempic sem acompanhamento médico pode causar hipoglicemia, especialmente em pacientes que utilizam outros medicamentos para diabetes, como insulina ou sulfoniluréias.

Para pacientes diabéticos que utilizam Ozempic sem supervisão, esses efeitos podem ser agravados, resultando em consequências graves. O uso inadequado do medicamento também pode desviar o foco do controle abrangente do diabetes, que inclui ajustes na dieta, prática de exercícios e monitoramento glicêmico regular.

O uso do Ozempic como medicamento para emagrecimento em pessoas sem diabetes ou com sobrepeso moderado tem gerado uma grande demanda, comprometendo o acesso para aqueles que dependem da medicação para o controle glicêmico. Além disso, o uso inadequado por razões estéticas pode mascarar o tratamento de outras condições e resultar em efeitos colaterais atraentes. Isso eleva o risco de desabastecimento do medicamento para os pacientes que realmente precisam do tratamento.

É recomendado que pacientes nunca comecem o uso sem consulta médica e que sigam as instruções de dosagem rigorosamente. Existem diversas alternativas para o controle glicêmico, como agonistas do GLP-1 (ex.: liraglutida), inibidores de SGLT2 (como empagliflozina) e medicamentos orais tradicionais, como metformina e sulfoniluréias.

A escolha da medicação ideal deve considerar o perfil do paciente, comorbidades (como doenças cardiovasculares), idade e preferências pessoais. Quanto à perda de peso, é essencial avaliar se o medicamento contribui tanto para o controle glicêmico quanto para a redução de peso, sempre priorizando segurança e adequação ao tratamento global do diabetes.

Zaleski Kaniski, clínico geral