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A cada ano, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra cerca de 180 mil novos casos de câncer de pele. Isso significa que um em cada quatro casos novos de câncer no Brasil, é de pele. A doença ocorre quando as células que compõe a nossa pele se multiplicam sem controle e pode ser classificada de duas formas:
câncer de pele melanoma: é mais raro, porém mais agressivo. Tem origem nas células produtoras de melanina, e é mais comum em adultos brancos.
câncer de pele não melanoma: é o tipo mais frequente no Brasil, responsável por 30% de todos os casos de tumores malignos registrados no país.
Em ambas as alternativas, quando o câncer é detectado no início, os resultados do tratamento são melhores.
Esses tratamentos variam de acordo com o estágio e o tipo da doença. Veja algumas das opções disponíveis:
– cirurgia excisional: remoção do tumor com um bisturi, e também de uma borda adicional de pele sadia, como margem de segurança. Os tecidos removidos são examinados ao microscópio, para verificar se foram extraídas todas as células cancerosas.
– curetagem e eletrodissecção: usadas em tumores menores, promovem a raspagem da lesão com cureta, enquanto um bisturi elétrico destrói as células cancerígenas.
– cirurgia a laser: remove as células tumorais usando o laser de dióxido de carbono ou erbium YAG laser.
– cirurgia micrográfica de Mohs: pode ser considerada a técnica mais refinada, precisa e efetiva para o tratamento dos tipos mais frequentes de câncer da pele. Por meio dela é possível identificar e remover todo o tumor, preservando a pele sã em torno da lesão.
– terapia fotodinâmica: são utilizadas substâncias fotoquímicas com fins terapêuticos.
– crioterapia ou criocirurgia: processo terapêutico realizado por resfriamento rápido da pele, provocando alterações imunológicas e destruição dos tecidos.
– imunoterapia: é o uso de medicamentos para estimular o sistema imunológico do paciente a reconhecer e destruir as células cancerígenas.
Em casos mais avançados o tratamento varia, podendo ser indicadas, além da cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia.
Para não deixar a doença chegar a esse nível, é necessário conhecer bem a sua pele. Ao observar uma pinta e detectar qualquer irregularidade, é imprescindível um exame clínico realizado por um médico especializado. Saiba reconhecer os sintomas:
– lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central, que sangra facilmente;
– pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;
– mancha ou ferida que não cicatriza e continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Para detectarmos o câncer precocemente existem estratégias de diagnóstico e de rastreamento da doença. Pessoas com alto risco para desenvolver melanoma, que possuem histórico familiar ou pessoal, devem ser examinadas periodicamente.
O uso de filtro solar com o fator de proteção (FPS) acima de 15 é fundamental. Ele deve ser aplicado de maneira uniforme em uma camada generosa, e é necessário reaplicar o produto a cada duas horas, enquanto você estiver exposto ao sol.
Atualmente é fácil encontrar roupas e acessórios com proteção UV, que oferecem maior proteção contra os raios solares. O chapéu, os óculos escuros e o protetor labial são boas apostas sempre.
É importante ressaltar que as tatuagens e cicatrizes podem esconder lesões, por isso devemos ter um cuidado redobrado com elas.
Em caso de dúvidas, procure um profissional da área.